sábado, 22 de janeiro de 2011

A vida pode ficar mais livre, confortável e ágil

Por Álvaro Nassaralla

O empoderamento alcançado com a prática correta do Pilates e de outras atividades físicas conscientes passa pela “tomada de posse” do nosso próprio corpo.

Dentro desse processo, uma das partes mais essenciais do corpo, se podemos assim dizer, é a cintura pélvica (bacia).

Nas duas últimas aulas, o professor Toni Rodrigues vem trabalhando exatamente as áreas ligadas a ela. E por que a cintura pélvica é fundamental para nossa vida ficar mais livre, confortável e ágil?


A imagem acima mostra bem como ela estabiliza o centro do seu corpo e faz a ligação da parte de cima com a de baixo. Fisicamente é a parte que mais recebe comandos da maioria dos nossos movimentos.

O importante na cintura pélvica é trabalhar a estabilidade e mobilidade, porque aí você consegue ter mais controle e precisão nos movimentos e nas pausas. Desse modo, as atividades do nosso dia a dia poderão ser realizadas de uma forma mais livre, confortável e ágil.

Energeticamente falando, é o que liga a terra ao céu, o concreto ao abstrato. É onde está a base da coluna, por onde passa o sistema nervoso central.


O Pilates e seu alcance

Na maioria dos casos, não temos consciência da importância dessa parte do corpo e de suas sustentações: geralmente não nos damos conta de quão importante são os músculos que envolvem nossa bacia.

Perguntei ao Toni e ele me disse que são dois principais músculos ou (um músculo de 2 partes) e seu nome é íleos-psoas. Veja-o na imagem abaixo: ele parte das laterais da lombar, reveste o osso pélvico na parte interna da sua superfície (inferior do abdômen, ventre e púbis), passa pela região da virilha e se liga as coxas (Fêmur). 




Esse músculo, por causa da sua localização, é difícil de acessar com atividade física. Trabalhar essa musculatura é fundamental porque ela é um dos principais agentes na determinação da posição da pelve e da coluna lombar e, conseqüentemente, de toda a postura. 

O íleos-psoas influi diretamente no equilíbrio fisiológico da bacia. Ele é necessário para que possamos andar e sentar, e permite a estabilização do corpo na flexão e rotação das pernas e tronco.

Pergunto:

- Como está a força das ligações das suas pernas com a bacia, dessas suas articulações?

- Como está a sua qualidade de vida em relação aos movimentos a que você é exposto em seu dia a dia?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Funcional x Emocional: Dá para separar um do outro?

Por Álvaro Nassaralla

Quanto mais entro na prática de Pilates de Solo com o Toni, percebo sua persistência em ressaltar o conceito de que corpo e mente são integrados, trabalham em unidade. Corpo e pensamento não devem ser dissociados como partes estanques e autônomas.

A tendência de nossos dias é termos cada vez menos movimentos corporais, já que a modernidade trabalha, por um lado, com a supressão de muitos dos esforços físicos a que anteriormente a humanidade era submetida.

A tecnologia, ao invés de nos liberar para sentir e nos emocionarmos, funciona de modo contrário, levando-nos cada vez mais para o intelecto, para o estático.

Com isso, não apenas o lado físico fica comprometido. Aspectos emocionais são afetados em um mundo onde a pasteurização física torna-se quase uma regra.

Limitações para quê?

Como dissemos no post anterior, uma boa prática, ou seja, uma prática consciente nos faz perceber o quanto se mexe com as emoções.

Os resultados com a atividade devem-se em grande parte a uma abertura de novas possibilidades e descobertas, quando acionamos nossos mecanismos de consciência corporal com maior velocidade e trazendo mais qualidade para as escolhas.

Ao destravarmos nosso físico, descortinam-se emoções embrutecidas ou enegrecidas. Da mesma forma, o emocional responde alterando padrões corporais que antes nos limitavam. 

Em outras palavras, podemos através de determinadas atividades, descobrir o físico que existe em nós, assim como o emocional, como ferramentas distintas porém interligadas na mesma pessoa.

A funcionalidade de nossos órgãos e membros nos permite maior compreessao da unidade do nosso corpo físico-pensamento. Romper barreiras criadas por nós mesmos,  deixando-nos mais centrados e caminhando em direção a um pensamento livre e sem limitações.

Isso tudo está acontecendo junto com uma idéia que vem se expandindo entre os profissionais de atividades físicas conscientes, que se chama “Corpensamento” e será tema em um dos posts a seguir. Até lá!